quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

'Reclaiming the Goddess'

Como prometido, aqui fica o último post sobre o livro 'Vagina' da Naomi Wolf.
Para acabar o ano de 2012 da melhor maneira... :))

Não me canso de recomendar o livro.
A-do-rei!!

Acho que fiquei tão entusiasmada como quando (há muitos anos atrás) li 'O segundo sexo' da Simone de Beauvoir. Obviamente que são obras distintas, mas penso que as duas nos permitem ver o mundo de um modo realmente muito diferente...

Na conclusão, a Naomi Wolf fala do impacto que a exploração de dimensões desconhecidas da vagina teve nela. Não só no que diz respeito ao seu próprio corpo, mas também na sua própria visão do mundo.

Acho que isto também acontece em muit@s de nós quando tratamos/ultrapassamos o vaginismo.
Seja num consultório de um@ psi, seja com o nosso esforço individual, o vaginismo e o seu tratamento nunca incide 'apenas' sobre a vagina. Inevitavelmente ao tratar o vaginismo modificamos, também, a visão que temos do mundo... 
Foi exactamente o que aconteceu comigo. Acho que sem o tratamento do vaginismo não conseguiria me sentir tão 'lúcida' para tomar certas decisões relativas à minha vida como um todo, como tenho vindo a tomar...

Mas, deixo-vos com as palavras da Naomi Wolf:

'I didn´t expect to have such a shift in my own vision just from having explored dimensions of the vagina that had been unknown to me. But just as I was drawn to the subject matter because I suspected that a book about the vagina would be a book about something much greater and different than a 'mere' sex organ, so the change in my understanding is not just about the vagina, but seems to include a shift in how I see the world.' (p.351)
Feliz 2013!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Bom NaTal!


Esta já é a segunda época Natalícia que passo com vocês.

Nem tenho palavras para agradecer a atenção, os contributos, desabafos, amizades, conversas e tudo mais...

Muito, Muito Bom Natal!

Que todos os vossos desejos se concretizem!

OBRIGADA por fazerem parte da minha vida!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A minha primeira vez...

...sem a ajuda de lubrificante! ;-P

Pois é, caros e caras amigas... 

Tive uma relação sexual com penetração vaginal sem o meu amigo de todas as horas, o meu querido e precioso lubrificante. 

E sabem o que é mais engraçado e o que me levou a considerar isto um 'acontecimento' digno de um post? 

É que nem nos apercebemos que não tínhamos usado lubrificante. Foi só depois que me apercebi  e fiquei, sincera e honestamente, mesmo surpreendida como não sentimos falta nenhuma e não atrapalhou nada. Mesmo nada! Foi mesmo muito bom até, devo dizer! ;)

Acho que o facto de ter sido muito bom não tem necessariamente que se relacionar com a ausência do lubrificante, mas deveu-se, isso sim, ao facto de estarmos tão envolvidos no jogo erótico (há muito tempo que eu não usava este termo, não é?) que nos 'esquecemos' do lubrificante.

Eu sei que é só um detalhe. 

Mas fica provado que não necessito sempre de usar lubrificante para ter penetração vaginal. 
Mais um passinho para cada vez me identificar mais como ex-vagínica!!

Mas, que fique claro: ADORO lubrificantes... ;)))

PS: Estou a acabar o livro da Naomi Wolf. Em breve coloco mais um post (prometo que é só mesmo mais um!) sobre o livro...


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Quem quer aparecer na TV? :)

Olá!

Vou-vos dar um descanso dos posts sobre o novo livro da Naomi Wolf.

Recebi um pedido do programa da Marta Crawford da Sic Mulher, o 100 Tabus. 
E como fiquei contente que o blog apareça em pesquisas sobre o vaginismo... :)

Estão à procura de pessoas que estejam à vontade para falar de disfunções sexuais pelas quais tenham passado ou estejam a passar. 

E dentro dessas disfunções está, claro (!), o nosso conhecido vaginismo!

Portanto, deixo aqui o apelo a alguém que queira deixar o seu testemunho no programa. 
Eu ainda não estou nessa fase de 'dar a cara', por agora só consigo dar o blog... ;) 


100 Tabus, com Marta Crawford, na Sic Mulher
A Shine Iberia está a produzir o novo programa da sexóloga Marta Crawford para a Sic Mulher. 
Para uma das tertúlias/episódios procuramos pessoas que se sintam à vontade para dar o seu testemunho sobre alguma disfunção sexual pela qual estejam a passar ou tenham passado, ou parceiros que queiram falar sobre como superaram em conjunto a disfunção.
Caso esteja interessado entre em contacto connosco:
Telemóvel: 964 300 630
E-mail: gisela.martins@shineiberia.tv


Participem! 

Podem ver o último programa sobre o orgasmo aqui.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Vaginismo by Naomi Wolf

Ainda no contexto da vagina traumatizada, a Naomi Wolf faz referência ao vaginismo (muito relacionado com a abuso sexual no livro) definindo-o como:

'a constriction in the musculature of the vagina as a response to trauma' (p.107)

Simples, mas acho que tod@s nos conseguimos identificar com isto, certo?

Outra coisa que me chamou a atenção foram os efeitos de um vaginismo mal-resolvido, digamos, um vaginismo que deixa marcas no nosso corpo e na nossa mente:

'They were in loving, safe, supportive relationships. But they still struggled with their bodies' sexual resistance and refusal, which often lasted for years - or even a lifetime. Was this emotional 'wall' possibly, for some women, also a physical wall - of tightened or knotted muscle?If some of these effects of emotional trauma in the vagina were actually physical, and they were left untreated, then of course these life-damaging, relationship damaging physical aftereffects in the vagina would persist and persist' (p.127)

E só para terminar com o vaginismo by Naomy Wolf :) vejam lá se isto não soa a familiar a qualquer pessoa que já tenha falado com @ seu/sua médic@ acerca da impossibilidade da penetração vaginal?

'Doctors will tell you then that a symptom like vaginismus is in the body. But it is the brain that tells the body what to do. The brain sends messages to the vagina, saying "It is not safe" ' (p.130)


A vagina traumatizada

Na segunda parte do livro da Naomi Wolf ela faz uma incursão à história da vagina. Nas próprias palavras da autora: da conquista ao controlo. 
Começa por falar da vagina traumatizada, depois da vagina como inicialmente sagrada, passa para a vagina na era vitoriana relacionada com a medicação e a subjugação, para terminar com a vagina 'libertada' na era do modernismo. Os excertos que se seguem referem-se à vagina traumatizada. 

'Just as good sexual experience in the vagina drives joy and creativity into the female brain, the obverse is also true, due to the same neural pathways: the traumatized vagina, the abused vagina, the vagina that is part of a neural network that is being neglected by a withholding or sexually selfish mate - literally cannot effectively condition the female brain with the chemicals that constitute the emotions of confidence, courage, connection, and joy' (p.93)

'Rape is part of the standard toolkit in the deployment of genocidal army tactics. This insight allow us to understand that many men who rape - and perhaps most men who rape in war - are not doing this as a function of personal perversion. Understood in this way, rape is instrumental. Rape is a strategy of actual physical and psychological control of women, traumatizing via the vagina as a way to imprint the consequences of trauma in the female brain.
If we understand this, we understand that what happens to a woman's vagina is far more important, for better and for worse, than we have realized' (p.99)

The force!

Estou a adorar o livro da Naomi Wolf. 

O argumento central é a ligação (fisiológica e cultural) entre sexualidade e criatividade. 

Parece haver provas científicas (e o livro está repleto de referências a estudos da neuropsicologia, biologia, fisiologia, etc...) da relação entre a vagina e a assertividade, a consciencialização e a coragem das mulheres. 

Quanto mais bem tratada for a vagina de uma mulher (por ela própria, pel@ parceir@, pelo mundo social no qual vive) mais 'empowerment' se verifica nas mulheres... E portanto o ataque à vagina (tratando-as como vergonhosas ou sujas, por exemplo, para não falar de casos de violações ou ataques de outro tipo) enfraquece o poder que as mulheres 'naturalmente' e num contexto em que a vagina é bem tratada poderiam ter. 

É maravilhoso, não é? Dá que pensar...

Portanto vão ter que ter um pouquinho de paciência comigo, porque há excertos do livro aos quais não resisto. Vou mesmo transcrevê-los aqui :) Aqui vai o primeiro sobre a vagina como a 'the force'! É só relembrar a guerra das estrelas para perceber a metáfora :))

'One of my favorite slang terms for the vagina in the United States is 'the force'. This is what we should be talking about . Women indeed take love, sex and intimacy seriously , not because women, intimacy and Eros are trivial but because nature in its clever and transcendental wiring of women´s genitals and their brains has forced women to face the fact, which is simply more obscured to men (though actually ultimately no less true for them), that the need for connection, love, intimacy and Eros is indeed bigger and stronger than anything else  in the world.
A culture that does not respect women tends to deride and mock women's preoccupation with love and Eros. But often we are preoccupied with the beloved not because we have no selves of our own, but because the beloved has physiologically awakened aspects of our own selves.
Should we not, rather, be proud of who we are?
We should be proud' (
p.79)

Tão bom! :))



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vagina: a new biography

O novo livro da Naomi Wolf.
Acabadinho de comprar :)

Ainda não o li, mas deixo aqui um vídeo (muito longo, mas que vale todos os minutinhos que possam dispensar) em que a Naomi Wolf fala do livro e responde a algumas questões levantadas pela audiência.

Acompanho estudos de mulheres e o feminismo (nas suas várias etapas e formas) com muito interesse e acho que o trabalho que a Naomi Wolf apresenta agora pode ser mesmo uma revolução na forma como (não) pensamos a vagina. 

Adorei o vídeo! E estou ansiosa para ler o livro...
Inspirem-se! :))


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fisioterapia na saúde da mulher

Hoje queria falar (escrever, pronto...) sobre os fisioterapeutas que ajudam mulheres como eu a curar o vaginismo. A serem um bocadinho mais felizes... :))

Que profissional pode efectivamente fazer o tratamento 'hands on' do pavimento pélvico para curar o vaginismo? 

Apenas e só pessoas com formação em fisioterapia e, mais especificamente, em  fisioterapia na saúde da mulher e, ainda mais especificamente, em fisioterapia na saúde da mulher relacionada com a sexualidade... 

Ufa! Com tanta especificidade não admira que isto seja um pouco confuso. 

E que seja difícil perceber a quem recorrer...

Percebi isso também pelas imensas meninas que me perguntam por e-mail quem foi a minha fisioterapeuta porque não conseguem arranjar uma fisioterapeuta que trabalhe o pavimento pélvico. 

Eu consigo dar dois contactos seguros: o da minha própria fisio e de outra fisio recomendadada por ela. Mas isto, geograficamente, restringe-se a Porto e ao Lisboa, nada mais... O que causa muita frustração de meninas fora destas duas cidades, bem sei...

Associado a isto está o facto de ginecologistas e psicólogos desconhecerem este tipo de tratamento e também não encaminharem as pessoas com vaginismo para a fisio... E depois dá nisto: andamos de um lado para o outro à procura de um tratamento quando ele é tão simples. Ai!

Na página da associação portuguesa de fisioterapeutas pode-se encontrar o grupo de interesse de fisioterapia na saúde da mulher e os profissionais que trabalham nesta área. Podem encontrar aqui uma ferramenta que ajuda a localizar profissionais em Portugal por região. Claro que não dá para saber se todos eles tratam o vaginismo, mas pode ser uma opção telefonar e perguntar se tratam o vaginismo e, se sim, com que psicóloga é que trabalham (trabalho em equipa, não se esqueçam!).

NÃO SE ESQUEÇAM: RECORRENDO A PROFISSIONAIS DE SAÚDE, APENAS FISIOTERAPEUTAS PODEM FAZER O TRATAMENTO 'PRÁTICO' - OU SEJA A INTRODUÇÃO DE DEDOS/DILATADORES/SONDAS ETC. NA VAGINA.

Queria deixar um apelo! 

Se tiverem feito fisioterapia no tratamento do vaginismo deixem aqui, ou enviem para o meu mail (sofia.xxyz@gmail.com),  o contacto da fisioterapeuta que vos acompanhou. Como quiserem! Assim, pode ser que eu já consiga ter uma resposta para as meninas fora do Porto e de Lisboa que querem fazer fisioterapia... Obrigada!!

PS: Já agora, que estou a escrever sobre fisioterapia, nos dia 27 e 28 de Outubro vai decorrer o V Encontro do Grupo de Intervenção de Fisioterapia na Saúde da Mulher, em Lisboa,  que "vai permitir o desenvolvimento de competências no entendimento e tratamento das disfunções sexuais, uma área inovadora e ainda pouco explorada no nosso país, como também irá proporcionar um momento de reflexão e debate de outros temas entre todos aqueles que actuam nesta área"...


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ser vagínica para sempre?

Olá,

Novamente, fiquei uma tonelada de tempo sem escrever... 

Acho que em parte isto se deve a estar a 'ressacar' da ausência de consultas com a psi. 
Porque ando muito ocupada com trabalho já não vou à psi há alguns meses e acho que estou a sentir falta daqueles momentos de ajuda de interpretação do que sinto e do que faço.

Há algo aflitivo para vagínicas como eu, com vaginismo primário, ou seja que nuca tiveram penetração vaginal antes do vaginismo aparecer... 

Bem, acho que não posso dizer isto assim... 
Reformulando:

Há algo aflitivo para mim, que associo com o facto do meu vaginismo ter sido primário, ou seja, o meu vaginismo ter aparecido sem eu antes ter tido qualquer tipo de penetração vaginal 'normal'. 

Melhor, não acham? 
Isto de criticar generalizações  e depois reproduzi-las é que não pode ser... ;)

Bem, como dizia, o que por vezes é aflitivo é a convivência com o vaginismo apesar de tecnicamente o ter ultrapassado. Confuso?
Ou seja como é que eu algum dia vou saber se a minha relação sexual com penetração vaginal é como 'deve ser'?  Eu sei que o 'deve ser' é um conceito altamente duvidoso, mas uma coisa é aquilo que eu sei, outra coisa é aquilo que eu não consigo deixar de sentir.

Eu nunca vou saber como é que é para uma mulher que nunca teve vaginismo. 
Isto é incontornável, eu sei... Mas não deixa de me ocorrer de vez em quando. Há uma perda neste processo que por vezes ainda me faz ficar um pouco triste...

Por exemplo, quando a penetração vaginal está a ocorrer durante algum tempo (tipo 20 minutos) e começo a sentir uma espécie de 'ardor' o meu pensamento imediato é 'VAGINISMO'! Enquanto que uma mulher que não é vagínica associa imediatamente a isso coisas menos problemáticas tipo 'já não tenho lubrificação suficiente' ou 'preciso de mudar de posição'. Eu também acabo por pensar nisso, mas o pensamento imediato é o vaginismo...

E isto vai ser sempre assim?
Não me entendam mal, estas são queixas muito positivas para mim. 

Se há um ano atrás eu sonhasse que estes seriam os meus problemas não acreditaria e transbordaria de felicidade. Mesmo!

Mas, agora que já ultrapassei (tecnicamente, lá está) o vaginismo preciso de afastá-lo também de todos os pequenos desvios da perfeição que possam ocorrer da relação sexual com penetração vaginal. E não sei bem como fazer isto... Penso demais!

Ok. Está visto. Estou mesmo a precisar de uma consulta com a psi. 
Vou marcar. :)

Fiquem bem!
E continuem  a dar notícias! :) 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Novidades?

Já faz uma eternidade que não escrevo nada. 

E porquê? Provavelmente por preguiça. 
Que coisa feia! ;)

Depois daquela fase do tratamento do vaginismo, dos tampões, das penetrações, etc, etc, tudo isto agora parece tão calmo que, muitas vezes, nem pareço ter nada relevante (pelo menos tão relevante) para escrever. Ora vejam:

Colocar os tampões uma vez por mês não tem nada que saber. Entram direitinho e ficam no seu lugar sem que eu sequer me lembre que há um tampão dentro de mim. Acho que já experimentei todos os tamanhos e utilizo os médios e os super, sempre com aplicador. E continuo a utilizar um pouquinho de lubrificante para que o aplicador seja introduzido mais suavemente.

Também na relação sexual com penetração vaginal continuo a usar sempre o lubrificante. Na verdade, nunca experimentei sem ele, uma vez que resulta lindamente desta maneira. Continuo a ter relações sempre na mesma posição (eu por baixo e ele por cima). Posso dizer que gostaria de ter noutras posições mas, por agora, acho que vamos continuar a fazer como nos sentimos mais confortáveis. Quando ficar farta desta posição, depois vario. E nada da 'ditadura' da penetração vaginal! Continuamos a ter uma vida sexual que vai muito além da penetração. Muitas vezes nem sequer incluímos a penetração como parte do jogo erótico (eu bem disse que gostava deste termo!! ;-) )...

Os vibradores continuam a fazer parte da minha vida, mas por divertimento :) Já não fazem parte da terapia mas sim da parte lúdica da minha vida. Careta como sou, acho que nunca iria comprar um vibrador se não fosse devido ao tratamento do vaginismo... Estão a ver como o vaginismo tem coisas positivas? :) Não liguem, estou meia parva...

E eu não disse que não tenho coisas muito relevantes para dizer? Vou ver se o próximo post é mais 'sério'. 

Aproveitem o sol :))

PS: Já fez um ano que tive a minha primeira penetração vaginal com o M. :))))

segunda-feira, 23 de abril de 2012

2.000 visualizações!!

Nunca pensei ter 1 visualização, quanto mais 2000. Estou orgulhosa! ;)
Obrigada pela paciência de visitarem o blogue, pela palavras tão queridas e por me fazerem sentir acompanhada e útil nesta(s) experiência(s).
A minha vida mudou mesmo!!
Beijinhos (ou abraço forte, como o meu amigo T. diz) a tod@s :))

quinta-feira, 5 de abril de 2012

It's not vulgar! It's vulva!

Recomendado pela minha fisioterapeuta.
Ora vejam aqui

Muito bom!
Para mudar a percepção que temos do corpo feminino através da arte!

Adorei!
E os vídeos do site são muito interessantes...

Boa Páscoa! :)


quinta-feira, 22 de março de 2012

Depois de uma consulta com a psi...

Sim, continuo a ter consultas com a psi.

Acho que até sentir que não preciso daqueles momentos  (tão, tão valiosos)  de desconstrução e reflexão sobre o que sinto, vou continuar a ter consultas com a minha psi maravilhosa. :)

Ultimamente ando baralhada. 

Nunca vivi (vivemos) a sexualidade centrada na penetração vaginal. 
Não, pelo menos, de uma forma explícita.
Para quem conhece o blogue isto não é novidade.

Mas, agora que 'CONSIGO', sinto-me culpada cada vez que não incluo (incluímos) a penetração vaginal no nosso contacto sexual/erótico/whatever... 

Passo a explicar melhor: quando tenho penetração vaginal muito frequentemente sinto-me cada vez mais segura, mas quando deixo passar algum tempo sem que a penetração vaginal aconteça (porque fazemos outras coisas sexualmente) começo a pensar 'e se tudo voltar?...'  e daí a culpa de não ser 'disciplinada' e 'normal'...

Eu sei (racionalmente) que isto não faz sentido nenhum. 
Tanto a culpa (principalmente a culpa!!), como a insegurança.

Ainda para mais porque tenho a 'prova' física (e frequente) que com os vibradores a coisa funciona... ;) 

Se, por um lado, não quero ter penetração vaginal apenas para me sentir segura - até porque gosto e é bom! - por outro, ao não ter penetração vaginal tão frequentemente como tenho as outras formas de contacto sexual com o M., isto tortura-me. Aliás, tal como a psi disse: eu torturo-me a mim própria. 

Vá-se lá entender isto...

Conclusão? 
Resolvi (resolvemos) - este nós agora não sou eu e o M., mas eu a psi, entenda-se - fazer o seguinte: Não deixar a ditadura da penetração vaginal mandar na minha vida, mas não achar que tem 'mal' para me sentir mais 'segura' (e quando começar a pensar muito nisso) incluir a penetração vaginal só porque quero racionalmente 'resolver o assunto'. Ou seja, se começo a pensar que não consigo, nada melhor que 'testar' com o M. e ter a certezinha que consigo. E depois já posso viver tudo muito mais despreocupadamente.

Este 'quero' racional não tem, portanto, que ter um estatuto menor do que o 'quero' relacionado com a vontade física e com o 'desejo'. 

E assim acho que vou conseguir resolver o 'nó' que vai na minha cabeça... :))

Não sei se expliquei bem. É que, até para mim, é difícil de entender... ;)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Olá!

Já faz muito tempo que não escrevo aqui.

Estava à espera de ter novidades, mas como não tenho nada de novo para dizer fui adiando o post... Com tanto adiamento senti que estava a perder o contacto com o blogue e daí estar a escrever.

Tudo 'normal', portanto.

Continuo com os meus 'exercícios' com os vibradores, a utilizar orgulhosamente tampões todos os meses (embora não os consiga ainda colocar quando estou com muita pressa) e, CLARO, a continuar a ter relações com penetração vaginal. Mas ainda na mesma posição, lamento... ;)

Obrigada por continuarem a visitar o blogue e pelos e-mails.
Fazem-me sentir que realmente o blogue serve para alguma coisa, além de ser o meu lugar de 'desabafos'.

Espero não demorar tanto tempo a escrever outra vez...

Até já, portanto ;)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Posições

Não tenho escrito, porque estou numa fase da minha vida 'pós-vagínica' que já não implica tantas novidades ou, pelo menos, tantos progressos e em tão pouco tempo como aconteceu no início do tratamento.

Mas, mesmo assim, resolvi escrever.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Avaliação da dor sexual nas mulheres portuguesas

Li no jornal que estava a decorrer um estudo sobre a avaliação da dor sexual nas mulheres portuguesas e fui pesquisar mais...

Eu sei... Eu e a minha curiosidade.

Trata-se de um estudo no âmbito do SexLab - unidade laboratorial de investigação em sexualidade humana - que pretende estudar as determinantes psicossociais da dor sexual na mulher.

Para participar no estudo é só clicar aqui.

A coordenadora do estudo - Cátia Oliveira -  criou também um blogue sobre a sexualidade feminina que promete ser interessante.

Divulguem e/ou participem, conforme o caso!