quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O lub e eu - episódio II

Olá! :)

Lembram-se do post que fiz em relação à minha primeira penetração vaginal sem lubrificante?

Pois... Este post é sobre a minha primeira vez que introduzo um tampão sem a ajuda do lubrificante. Claro que não foi propriamente por estar tão distraída com outras coisas que introduzi o tampão sem lubrificante, foi mesmo por necessidade. 

E até foi cómico! :)

Um dia destes fui ao ginásio e depois do treino reparei que me tinha aparecido o período. 

Claro que que, como qualquer mulher, tinha pensos e tampões de reserva na carteira. Só não tinha o lubrificante, mas não tinha mal porque poderia colocar um penso higiénico, certo? 

ERRADO! 

É que eu tinha levado umas calcinhas fio dental para trocar depois do duche  e (acho que é fácil imaginar) como seria impossível conjugar um penso higiénico com o dito fio dental. Portanto iria ter mesmo que usar o tampão.

Lá me dirigi eu à casa de banho, a pensar 'ainda bem que decidiste hoje escolher umas calcinhas tão giras, tinha mesmo que ser hoje...', abri o tampão, olhei para o aspecto seco e agressivo qb do plástico do aplicador e tentei introduzir e... não é que entrou super bem? 

Mais uma vez, é mesmo fascinante como estas coisas tão banais são conquistas enormes mesmo (ou até especialmente) para uma ex-vagínica!! :) Obviamente que eu sei que os tampões e os aplicadores são feitos para introduzir tal como estão, mas como essa foi sempre uma não-possibilidade para mim, deixei sequer de pensar que poderia introduzir tampões tal e qual como eles vêm na embalagem. 

Para minha defesa, e para não pensarem que deixei de ser controladora, a única razão pela qual não tinha lubrificante comigo é que previ mal o primeiro dia do período (sou super certinha) porque costumo andar sempre com o lub no dia que o período é suposto aparecer... Agora já não tenho que me preocupar tanto e até poupo lubrificante... ;))

Terá sido o meu sub-consciente a obrigar-me a constatar que estou mesmo curada? Se sim, muito obrigada meu querido sub-consciente... ;) Se não, valeu pelo episódio divertido... :)


11 comentários:

  1. Muitos parabéns, eu percebo o sentimento ;) Muitos beijinhos e tudo de bom

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  2. Parabéns Sofia :) Mais um grande passo nessa jornada rumo à grande vitória :) Que as pequenas vitórias continuem sempre presentes :) beijinhos *

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  3. Só em ler sobre penetração..
    me da um mal estar tão grande,
    começo a soar frio e parece q vou desmaiar...

    tenho 30 anos, estou num relacionamento a 10 anos e estou a um ano casada...

    meu marido, é mt paciente e se conforma em ser satisfeito de outras formas..

    mas eu sou infeliz..
    acho q NUNCA vou me curar disso "(

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    1. Olá anônima,
      acho importante que você reconheça - se é que já não está claro para você - que esse medo não é natural e que tudo indica que tem uma causa. E quanto maior é o medo, mais difícil é conseguirmos superá-lo sozinhos.
      Sou casado há dez anos e a minha esposa tem vaginismo. Tento motivá-la de todas as formas possíveis a enfrentar os seus medos, o que significa recusar diariamente a acomodação.
      Acho que você poderia procurar um psicólogo ou sexólogo para começar a entender a causa do seu medo (os blogs podem oferecer indicações). Porque só assim o seu corpo poderá deixar de se proteger de uma falsa ameaça: o seu marido.
      Vá à luta!

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    2. Olá Anónima

      É a primeira vez que escrevo neste blog, apesar de vir cá com frequencia. Mas após ler o que escreveste, senti necessidade de te dar o meu exemplo, para que te possa ajudar a ultrapassar o teu problema.
      Tive um namoro de 7 anos, mais 2 de casada. Ao longo destes anos vivi com o problema do vaginismo juntamente com o meu marido, mas com o medo da dor na penetração e posteriormente com a vergonha de falar deste problema e pedir ajuda fui deixando os anos passarem.
      Em Dezembro do ano passado fui confrontada com o divorcio. Vivi e vivo momentos terríveis, com uma culpa por não ter procurado ajuda.
      Mas depois do divorcio, disse para mim mesma que não podia continuar assim e procurei ajuda. Posso-te dizer que no ultimo mês já consegui coisas que nunca consegui nos últimos 9 anos. Procurei ajuda de uma fisioterapeuta e psicóloga e tem sido fundamental na resolução deste problema. Não desistas e acredita que é possível.

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  4. Olá Anónima,
    Eu também ficava aterrada (sim, mesmo aterrada e cheia de medo) de imaginar a penetração e agora já ultrapassei isto.
    E como eu há imensas mulheres que o conseguem.
    Portanto, tenho a certeza que se vai curar. O que é necessário é respirar fundo, e pensar qual a maneira 'certa' para si. Eu cá estou para ajudar e dar muita força!!
    Tenho mesmo a certeza que se vai curar.
    Se quiser falar melhor é só enviar um mail para sofia.xxyz@gmail.com

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  5. Sofia, um abraço pra ti. Preciso também desta sua força pra minha cura. Beijo

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    1. Um grande beijinho, Amor Perfeito!
      Tenho a certeza que vai conseguir. Costumo dizer isto meio a brincar, mas há uma pontinha de verdade: se eu consegui (e eu jurava que nada, mesmo nada, iria entrar na minha vagina) tudo é possível!
      Muita força!

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  6. Olá Sofia! Parabéns pelo blog! Mantém a esperança viva! Enviei-lhe um e-mail a pedir informações sobre a sua fisioterapeuta. Neste momento já estou a fazer psicoterapia... Obrigada!

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    1. Obrigada, Anónima!
      Já respondi! Peço desculpa pela demora, mas não tenho tido muito tempo para responder em tempo útil às mensagens que recebo e com o tempo que cada uma merece.
      Espero que ainda vá a tempo. Beijinhos

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