terça-feira, 6 de novembro de 2012

The force!

Estou a adorar o livro da Naomi Wolf. 

O argumento central é a ligação (fisiológica e cultural) entre sexualidade e criatividade. 

Parece haver provas científicas (e o livro está repleto de referências a estudos da neuropsicologia, biologia, fisiologia, etc...) da relação entre a vagina e a assertividade, a consciencialização e a coragem das mulheres. 

Quanto mais bem tratada for a vagina de uma mulher (por ela própria, pel@ parceir@, pelo mundo social no qual vive) mais 'empowerment' se verifica nas mulheres... E portanto o ataque à vagina (tratando-as como vergonhosas ou sujas, por exemplo, para não falar de casos de violações ou ataques de outro tipo) enfraquece o poder que as mulheres 'naturalmente' e num contexto em que a vagina é bem tratada poderiam ter. 

É maravilhoso, não é? Dá que pensar...

Portanto vão ter que ter um pouquinho de paciência comigo, porque há excertos do livro aos quais não resisto. Vou mesmo transcrevê-los aqui :) Aqui vai o primeiro sobre a vagina como a 'the force'! É só relembrar a guerra das estrelas para perceber a metáfora :))

'One of my favorite slang terms for the vagina in the United States is 'the force'. This is what we should be talking about . Women indeed take love, sex and intimacy seriously , not because women, intimacy and Eros are trivial but because nature in its clever and transcendental wiring of women´s genitals and their brains has forced women to face the fact, which is simply more obscured to men (though actually ultimately no less true for them), that the need for connection, love, intimacy and Eros is indeed bigger and stronger than anything else  in the world.
A culture that does not respect women tends to deride and mock women's preoccupation with love and Eros. But often we are preoccupied with the beloved not because we have no selves of our own, but because the beloved has physiologically awakened aspects of our own selves.
Should we not, rather, be proud of who we are?
We should be proud' (
p.79)

Tão bom! :))



2 comentários:

  1. Do pouco que fui até agora lendo e experienciando, e também pela minha própria formação académica, cada vez mais me parece que a ligação dicotómica corpo-mente é demasiado redutora para captar todo o sentido dos nossos processos psicológicos e de construção de identidade. O nosso corpo é uma parte intrínseca das nossas vivências e significados, é veículo das nossas relações, com os outros e connosco próprios, e nele encerra-se a nossa história de vida. Obrigada pela partilha de reflexões :) Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. De nada, Raquel :)
    Eu é que agradeço a leitura e a partilha de pensamentos tão interessantes.
    Beijinhos

    ResponderEliminar