Após 4 anos a tentar ultrapassar isto decidi que ia pedir ajuda.
Quando finalmente ganhei coragem para falar novamente com uma médica, fi-lo com uma médica que me acompanha desde miúda. Contei-lhe tudinho e perguntei-lhe se ela me poderia recomendar uma ginecologista que realmente compreendesse o meu problema.
E aí, para minha genuína surpresa (acreditem que fiquei mesmo surpreendida), ela sugeriu-me consultar uma psicóloga que trabalha em sexologia.
É que achava mesmo que não precisava de trabalhar os meus comportamento, atitudes, representações, sei lá... perante o sexo, que o meu vaginismo era mesmo uma questão ginecológica (seja lá o que isso queira dizer...).
No entanto, a partir do momento que a minha médica sugeriu isso, fez todo o sentido.
Nem hesitei.
Marquei logo consulta. Aliás, tentei marcar logo consulta, porque fiquei em lista de espera.
Passado dois meses consegui a tal consulta e foi... Como direi? No mínimo, muito revelador e interessante. Não foi nada estranho falar com a psi. Ela foi (e está a ser) maravilhosa.
Ok, estava muito nervosa. Tipo: Agora lá vou eu falar destas coisas com uma pessoa que não conheço de lado nenhum! Que vergonha! Acho que é melhor voltar para casa...
Aliás, no dia da consulta sentia como se tivesse um anjinho e um diabinho, simultaneamente, a soprar-me coisas aos ouvidos. Um a dizer 'que bom, isto vai ser o início do fim do vaginismo' e outro a gritar 'que vergonha! vais mesmo falar destas coisas com uma estranha?'
Deixo-vos a vocês a decisão de saberem quem estava a dizer o quê. :-)
Fica para outro post a descrição da primeira consulta com a psi.
Por agora, podem ver aqui o site da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica onde podem consultar, em outras coisas, as consultas de sexologia e terapia sexual e os terapeutas sexuais acreditados.
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